Postagem em destaque

Recolocação Profissional no Vale do Paraíba

Recolocação Profissional no Vale do Paraíba H ora de procurar emprego é enquanto está empregado.... e se já está PHD (por hora dispo...

sexta-feira, 30 de junho de 2006

ENQUANTO O EMPREGO NÃO VEM

Saiba quais as melhores atitudes a tomar até que aconteça a sua recolocação profissional
TEXTO: ADRIANA NATALI

Atualmente é muito difícil prever até quando estaremos empregados.

De acordo com estimativas do Ministério do Trabalho, existem cerca de 9 milhões de pessoas desempregadas em todo o Brasil. Isso não significa que o desemprego está batendo à nossa porta, mas inúmeros motivos podem nos levar a deixar nossos locais de trabalho de acordo com nossa própria vontade ou não, já que as relações empregatícias possuem muitas nuances (econômicas, circunstanciais, gerenciais, regionais, estratégicas e políticas), e a alteração de uma delas pode ocasionar o nosso desligamento da empresa.

E o tempo para a recolocação varia de acordo com o nível hierárquico da função e o grau de especialização do profissional.
Diversas pesquisas realizadas por consultorias especializadas apontam que nos últimos dois anos houve uma redução no tempo médio de recolocação. Estima-se que para os níveis de gerência, coordenação e supervisão, por exemplo, há um período aproximado de cinco a seis meses, em média.

Uma vez que o profissional está temporariamente sem emprego, é fundamental fazer um planejamento consciente das ações que irá empreender para encontrar e escolher suas novas opções de emprego. Para isso, convém analisar algumas questões muito importantes que dizem respeito à questão financeira e à busca pela recolocação.

Com relação à situação financeira, o consultor Carlos Hilsdorf aconselha a: considerar que não há como saber por quanto tempo se estará sem emprego e que suas expectativas quanto ao prazo podem ou não se confirmar.

Com base nisso, seria interessante fazer um levantamento consciente e concreto da sua situação financeira e priorizar como se pretende utilizar os recursos disponíveis até retomar seus rendimentos; além de se analisar com muito critério todos os custos que se pode e deve eliminar, focando os recursos nas prioridades.

A questão do currículo

Com relação à busca por recolocação, o consultor sugere que o profissional redija um currículo atualizado com estilo moderno e layout de bom gosto. "Procure dar ao material um tratamento visual atrativo para que ele seja facilmente distinguível quando estiver junto a outros.

Reforce, sem narcisismo, seus pontos fortes no currículo e lembre-se de incluir um perfil psicológico em que cite seu desejo contínuo de aprender e aperfeiçoar-se, sua tendência para o empreendedorismo, o foco em resultado, dizer que sabe trabalhar sob pressão, que tem flexibilidade para adequar-se ao novo.

Esses itens são muito bem-vistos pelas empresas, mas lembre-se de ser honesto e fiel ao seu estilo de personalidade. Todos os dados serão checados", explica.
Além disso, ele aconselha a fazer uma lista das pessoas que conhecem sua história profissional, assim como seu caráter e seu trabalho.

"Notifique essas pessoas de que você está disponível, solicitando que lhe mantenham informado sobre oportunidades e o indiquem quando julgarem apropriado.
Comente também com os amigos, não somente os de sua área, sobre sua disponibilidade. Com certeza haverá pessoas com contatos que você desconhece, mas que poderão ajudá-lo."

Outros itens também são importantes, como fazer uma relação de empresas em que seu perfil se encaixe, e enviar o currículo. É preferível entregar o currículo pessoalmente para as empresas e profissionais com os quais mais se gostaria de trabalhar. Todo contato pessoal é sempre mais quente e a interatividade facilita a empatia.

Fazer contato com empresas de recolocação profissional e com antigos colegas de trabalho também é bom. "Eles fazem parte da sua rede de relacionamentos e podem sempre contribuir. Um deles, por exemplo, pode ser convidado para montar uma nova equipe, em uma outra empresa, lembrar que você está disponível e convidá-lo.

Outra dica é estar atento à mídia: programas de TV, revistas, jornais, sites que tratem de temas relativos à sua área e suas competências. Bons veículos estão sempre repletos de sugestões e oportunidades", afirma Carlos Hilsdorf.

Ócio criativo

A pessoa que está desempregada deve planejar seu tempo livre para estudar e ampliar suas competências. Se não houver recursos financeiros, deve procurar as atividades sem custo, como ler livros que já possui, participar de eventos gratuitos como palestras e seminários. Se há recursos, que tal fazer aquele MBA? Além de estar interagindo com profissionais interessantes, você investe em seu currículo.

Além disso, é preciso fazer o acompanhamento de todas as ações realizadas, como checar se os currículos foram recebidos, quando será possível ser atendido pessoalmente por alguém, ver como estão as perspectivas com as agências de recolocação, falar com o head hunter.

Para Hilsdorf, usar a baixa pressão nos relacionamentos é fundamental. Não convém ser visto como um chato. Você deve ser persistente, sim, mas não insistente. A diferença está na maneira com a qual vai se relacionar com as pessoas. Não cobre, e sim manifeste sua gratidão pelos esforços que o outro esteja realizando em seu favor. Em todas as situações é sempre conveniente fazer amigos.

Diante de novas ofertas de trabalho, mantenha seu foco nas oportunidades que elas lhe oferecem. Às vezes, é necessário aceitar um salário um pouco menor que o desejado se as perspectivas futuras forem boas.

Além disso, você tem, pelos menos, mais dois benefícios ao conseguir o novo emprego: pode continuar procurando por chances melhores sem perder o ritmo de trabalho (o que às vezes acontece quando fica muito tempo parado) e tem sua segurança financeira garantida.

Nenhum comentário: