Empresas começam a adotar política de cotas para negros
Ações incluem bolsas de estudo e criação de programas de estágio específicos
Matéria publicada no Estadão desta quarta-feira (12/07) / Andrea Vialli
As cotas para negros chegaram às empresas. A pequena presença de negros nos quadros de funcionários - especialmente em cargos executivos -, e a necessidade das empresas de atrelar sua imagem à responsabilidade social estão modificando as políticas de diversidade, antes dirigidas a mulheres e portadores de deficiências.
São iniciativas ainda experimentais. Mas reforçam a discussão sobre a questão racial, que voltou a ganhar destaque na semana passada, com a briga de intelectuais favoráveis e contrários aos dois projetos de lei que tramitam no Congresso: a lei de cotas para as universidades federais e o Estatuto da Igualdade Racial, que prevê ações para inclusão no mercado de trabalho e nas Escolas.
A multinacional do setor químico DuPont adota políticas de inclusão - a empresa não usa o termo "cota" - desde 2000. O primeiro programa, cujo investimento foi de R$ 100 mil, custeou os estudos universitários de oito jovens negros, que se graduaram e participaram de processo seletivo interno. Destes, seis estão na empresa até hoje.
A empresa também estabeleceu a meta de dobrar até 2007 o número de funcionários negros na sede administrativa, em Alphaville. Eram 6 em 2000, e hoje são 23, em diversas funções.Um exemplo é Cláudia Carneiro, 24 anos, que trabalha na área de Atendimento a Clientes. Ela ingressou na DuPont aos 16 anos, como aprendiz, e se beneficiou do programa da DuPont.
Cursou administração de empresas e, desde que se formou - em 2004 - tem crescido dentro da companhia. Após um curso de 40 dias no Canadá, se prepara para assumir o cargo de analista de importação. "Mas ainda não cheguei nem à metade do que quero conquistar", afirma.
Para Flávia Zuanazzi, coordenadora de Diversidade da DuPont, as primeiras ações começaram por questionamento da matriz americana, que possuía políticas focadas na não-discriminação racial. "No Brasil, o desafio é a inclusão. Esperamos que, a médio prazo, essas medidas não sejam mais necessárias", diz.
O Banco Itaú também criou, em 2005, um programa de estágio específico para jovens negros. De um universo de 51 mil funcionários, apenas 11% eram negros. Assim, foram contratados como estagiários 21 alunos do curso de administração da Universidade Zumbi dos Palmares, que puderam cursar em paralelo um MBA em finanças, pago pelo banco, na Unicamp.
Para este ano, mais 31 estagiários negros foram contratados. Na prática, metade das vagas para estágios criados pelo banco são para negros. "Queremos aumentar a presença sobretudo nos cargos de direção e superintendência, onde os números ainda são irrisórios", diz Fernando Tadeu Perez, diretor executivo de Recursos Humanos do Banco Itaú.
Hélio Santos, professor e presidente do Instituto Brasileiro da Diversidade (IBD), que auxilia empresas em seus processos de contratação, acredita que as empresas ainda não assimilaram a questão étnica dentro de suas estratégias de responsabilidade social. Ele vê com bons olhos as iniciativas, mas ressalta que é preciso ter continuidade.
"Diversidade não pode ser confundida com benemerência. A empresa tem de assumir o déficit de negros e trabalhar para mudar essa cultura", diz.Recente estudo realizado pelo Instituto Ethos e pelo Ibope Opinião mostrou ligeiro aumentos dos negros nos cargos de direção: passou de 1,8% do quadro de funcionários em 2003 para 3,4% no ano passado.
Ubiratan A.Miranda Editor-Chefe Imprensa Oficial de SP
Recrutamento e Seleção de Pessoal(HUNTING de Especialistas, Gerentes, Coordenadores, Analistas Senior), vagas de emprego e Recolocação Profissional (OUTPLACEMENT) em áreas diversas. Orientação de Carreira, Laudos Psicológicos de profissionais especializados e executivos. Unidade São Paulo e Vale do Paraíba (Guaratinguetá) (12) 9 9786-7919 Vivo e (12) 9 8230-3766 Tim com Lúcio. skype: alcance.rh
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quarta-feira, 12 de julho de 2006
quarta-feira, 5 de julho de 2006
Humor e ironia...
"A suprema felicidade da vida é a convicção de ser amado por aquilo que você é, ou melhor, apesar daquilo que você é"
Victor Hugo
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Luiz Fernando Veríssimo(Colaboração de Lincoln R. Ricci)
terça-feira, 4 de julho de 2006
Cartão de visitas vale mais que dinheiro
Fique atento ao seu e saiba como utilizá-lo
Por José Augusto Minarelli*
Responda rápido: já aconteceu de, em um evento importante, você se dar conta de que esqueceu seu cartão de visitas ou não o levou em quantidade suficiente? Ocorreu também de olhar para um cartão recebido e não fazer a mínima idéia de quem é aquela pessoa, quando e onde foi vista, o que faz, do que gosta?
Na seqüência, rasgou o pequeno pedaço de papel e o descartou na lixeira mais próxima?
Cuidado. Esses são sinais claros de negligência com os seus relacionamentos, isto é, o capital social, patrimônio de valor inestimável, capaz de abrir portas e viabilizar conquistas que, de outra forma, não se tornariam realidade – nem mesmo mediante todo o dinheiro do mundo.
O cartão de visitas é uma espécie de ficha de depósito na “conta corrente” do capital social. Memória de um encontro, funciona como uma chave que permite acessar fontes de informação e de decisão, diminuindo distâncias.
A conexão, no entanto, não se estabelece de forma automática e tampouco ocorre se não estiver baseada no princípio da reciprocidade. O gesto de trocar cartões serve como uma senha – dá sinal verde para a aproximação, mas exige cuidado e empenho para transformar o acesso em relacionamento efetivo.
Na vida, tudo depende de pessoas. Assim, quem conhece mais gente e cultiva os relacionamentos tem maior poder para solucionar problemas e atender necessidades, suas e dos outros. Ser lembrado como alguém que tem condições de auxiliar a resolver determinada questão ou dirimir uma dúvida é enriquecedor em vários aspectos.
Primeiro, porque o exercício da ajuda mútua acaba se mostrando construtivo para o desenvolvimento de cada um de nós como seres humanos, pois comprova que somos elos de uma grande corrente.
Segundo, por nos deixar mais à vontade para recorrer à rede sempre que tivermos necessidade, sem constrangimentos. Afinal, quando acumulamos créditos, ficamos com saldo positivo para efetuar os débitos necessários.
Assim como na esfera financeira, todo investimento no capital social requer atenção. A troca de cartões representa uma espécie de autorização para contatos posteriores e deve ocorrer quando, após uma conversa inicial, houver interesse na continuidade do relacionamento. Muitas informações úteis, obtidas no momento inicial, acabam se perdendo quando não são devidamente anotadas.
Isso mesmo: aproveite o verso do cartão para registrar data, local, assuntos tratados, características físicas e de personalidade, cidade natal, profissão, hobbies e tudo o mais que o ajude a resgatar aquele encontro. Utilizando algum critério de sua conveniência, organize os cartões. Não abra mão de mantê-los como uma espécie de backup, guardados em fichários ou algo do gênero.
Ainda que a praticidade do mundo digital exerça um fascínio ímpar, agilizando buscas e processos, dispor do material físico será um alento diante da eventual perda da informação em formato eletrônico. Duas dicas importantes: o Outlook/Outlook Express é um excelente gerenciador da “conta corrente” do capital social. Além dos campos para registro dos dados cadastrais, dispõe de um espaço denominado “Notes”, no qual é possível transcrever as informações anotadas no verso do cartão.
Devemos ter cartões profissionais e pessoais. Os primeiros são adequados para a relação de trabalho, enquanto os segundos servem para casos especiais, quando a intenção é manter com o outro uma relação mais próxima, de amizade. Nesse caso, vale entregar ambas alternativas de contato. A regra é ter à mão os dois tipos de cartão de visita, sempre em quantidade suficiente.
Só é pego de surpresa quem não se previne. Locais e eventos com grande concentração de pessoas exigem maior volume de cartões. Ninguém sai de casa sem a cédula de identidade ou a carteira de motorista. Então, por que esquecer o cartão de visita, que serve como passaporte para um mundo de possibilidades? Há apenas uma ocasião em que é plausível alegar a falta de cartão: quando não há interesse na continuidade do relacionamento.
Essa pode ser uma maneira polida de evitar o contato posterior – lembrando-se sempre que, no espírito da reciprocidade, esse mesmo expediente pode ser utilizado também pelo outro, com relação a nós mesmos.
Critério é a palavra-chave para a distribuição do cartão de visita. A ansiedade leva muita gente a encará-lo como material de propaganda, o que é um terrível engano. Quando não baseados nos princípios de afinidade, reciprocidade e relacionamento, cartões são meros pedaços de papel. De nada adianta distribuí-los aleatoriamente, nem colecioná-los aos montes.
Para serem moeda corrente, precisam ter o valor preservado e atualizado, a partir de investimentos constantes. Caso contrário, equivalem a dinheiro guardado embaixo do colchão em tempos de inflação galopante, servindo como testemunhas incontestes de inúmeras oportunidades deixadas para trás.
*José Augusto Minarelli é presidente da Lens & Minarelli.
Por José Augusto Minarelli*
Responda rápido: já aconteceu de, em um evento importante, você se dar conta de que esqueceu seu cartão de visitas ou não o levou em quantidade suficiente? Ocorreu também de olhar para um cartão recebido e não fazer a mínima idéia de quem é aquela pessoa, quando e onde foi vista, o que faz, do que gosta?
Na seqüência, rasgou o pequeno pedaço de papel e o descartou na lixeira mais próxima?
Cuidado. Esses são sinais claros de negligência com os seus relacionamentos, isto é, o capital social, patrimônio de valor inestimável, capaz de abrir portas e viabilizar conquistas que, de outra forma, não se tornariam realidade – nem mesmo mediante todo o dinheiro do mundo.
O cartão de visitas é uma espécie de ficha de depósito na “conta corrente” do capital social. Memória de um encontro, funciona como uma chave que permite acessar fontes de informação e de decisão, diminuindo distâncias.
A conexão, no entanto, não se estabelece de forma automática e tampouco ocorre se não estiver baseada no princípio da reciprocidade. O gesto de trocar cartões serve como uma senha – dá sinal verde para a aproximação, mas exige cuidado e empenho para transformar o acesso em relacionamento efetivo.
Na vida, tudo depende de pessoas. Assim, quem conhece mais gente e cultiva os relacionamentos tem maior poder para solucionar problemas e atender necessidades, suas e dos outros. Ser lembrado como alguém que tem condições de auxiliar a resolver determinada questão ou dirimir uma dúvida é enriquecedor em vários aspectos.
Primeiro, porque o exercício da ajuda mútua acaba se mostrando construtivo para o desenvolvimento de cada um de nós como seres humanos, pois comprova que somos elos de uma grande corrente.
Segundo, por nos deixar mais à vontade para recorrer à rede sempre que tivermos necessidade, sem constrangimentos. Afinal, quando acumulamos créditos, ficamos com saldo positivo para efetuar os débitos necessários.
Assim como na esfera financeira, todo investimento no capital social requer atenção. A troca de cartões representa uma espécie de autorização para contatos posteriores e deve ocorrer quando, após uma conversa inicial, houver interesse na continuidade do relacionamento. Muitas informações úteis, obtidas no momento inicial, acabam se perdendo quando não são devidamente anotadas.
Isso mesmo: aproveite o verso do cartão para registrar data, local, assuntos tratados, características físicas e de personalidade, cidade natal, profissão, hobbies e tudo o mais que o ajude a resgatar aquele encontro. Utilizando algum critério de sua conveniência, organize os cartões. Não abra mão de mantê-los como uma espécie de backup, guardados em fichários ou algo do gênero.
Ainda que a praticidade do mundo digital exerça um fascínio ímpar, agilizando buscas e processos, dispor do material físico será um alento diante da eventual perda da informação em formato eletrônico. Duas dicas importantes: o Outlook/Outlook Express é um excelente gerenciador da “conta corrente” do capital social. Além dos campos para registro dos dados cadastrais, dispõe de um espaço denominado “Notes”, no qual é possível transcrever as informações anotadas no verso do cartão.
Devemos ter cartões profissionais e pessoais. Os primeiros são adequados para a relação de trabalho, enquanto os segundos servem para casos especiais, quando a intenção é manter com o outro uma relação mais próxima, de amizade. Nesse caso, vale entregar ambas alternativas de contato. A regra é ter à mão os dois tipos de cartão de visita, sempre em quantidade suficiente.
Só é pego de surpresa quem não se previne. Locais e eventos com grande concentração de pessoas exigem maior volume de cartões. Ninguém sai de casa sem a cédula de identidade ou a carteira de motorista. Então, por que esquecer o cartão de visita, que serve como passaporte para um mundo de possibilidades? Há apenas uma ocasião em que é plausível alegar a falta de cartão: quando não há interesse na continuidade do relacionamento.
Essa pode ser uma maneira polida de evitar o contato posterior – lembrando-se sempre que, no espírito da reciprocidade, esse mesmo expediente pode ser utilizado também pelo outro, com relação a nós mesmos.
Critério é a palavra-chave para a distribuição do cartão de visita. A ansiedade leva muita gente a encará-lo como material de propaganda, o que é um terrível engano. Quando não baseados nos princípios de afinidade, reciprocidade e relacionamento, cartões são meros pedaços de papel. De nada adianta distribuí-los aleatoriamente, nem colecioná-los aos montes.
Para serem moeda corrente, precisam ter o valor preservado e atualizado, a partir de investimentos constantes. Caso contrário, equivalem a dinheiro guardado embaixo do colchão em tempos de inflação galopante, servindo como testemunhas incontestes de inúmeras oportunidades deixadas para trás.
*José Augusto Minarelli é presidente da Lens & Minarelli.
segunda-feira, 3 de julho de 2006
pra encerrar o assunto...
Nosso técnico teve tempo mais do que suficiente, material a vontade, o Zagalo de suporte, infra estrutura, um time reserva que poderia ser titular, tudo, tudo, tudo....ainda bem que perdeu, porque vencia mas não convencia... e pra gente ter vergonha, como eu tenho daquele tetracampeonato jogando aquele futebolzinho de segunda categoria que foi campeão, é preferível voltar pra casa mesmo....E dá-lhe Felipão, agora é nossa torcida!!!!
Roberto Carlos diz que Pelé deveria ficar quietinho...
AFP
13:55 30/06
O lateral-esquerdo Roberto Carlos ironizou nesta sexta-feira as declarações de Pelé de que teve um mau pressentimento em relação ao jogo contra França e afirmou o ex-jogador deveria ficar quietinho e representar melhor o povo brasileiro.
"Todas as declarações do Pelé são complicadas. Com a bola nos pés, representou muito. Foi o melhor de todos os tempos. Mas é melhor o Pelé ficar quietinho e assistir aos jogos, analisar o futebol e não só a seleção brasileira", afirmou o lateral.
Nesta sexta-feira, Pelé disse à agência de notícias alemã DPA que teve um mau pressentimento para o jogo deste sábado entre Brasil e França, em Frankfurt, pelas quartas-de-final da Copa do Mundo da Alemanha.
"Tudo o que o Pelé fala tem acontecido o contrário. Falou do Equador, depois citou outra seleção que já foi eliminada. Pelé deveria representar bem o brasileiro não apenas na época em que era jogador, mas agora também", acrescentou.
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